IMAGENS MOSTRAM EXERCÍCIO DE ARTILHARIA REALIZADO PELA COREIA DO NORTE NO ANIVERSÁRIO DO EXÉRCITO
Exercício militar norte-coreano ocorre em momento de tensão na região e crise com os Estados Unidos. EUA e Coreia do Sul também realizaram exercício com fogo real nesta quarta.
Segundo o Exército da Coreia do Sul, as artilharias são de longo alcance. Jornalistas independentes não tiveram acesso para cobrir o evento registrado nas imagens.
A Coreia do Norte tem uma base aérea em Wonsan e mísseis também já foram testados na região.
Tensões com os EUA
No mesmo dia em que os exercícios militares foram conduzidos, o submarino americano USS Michigan, com mísseis guiados, chegou à Coreia do Sul.
Além do submarino, os EUA enviaram à península da Coreia o porta-aviões americano Carl Vinson, em resposta aos contínuos testes balísticos norte-coreanos.
A embarcação e sua frota de ataque se encontram atualmente realizando exercícios conjuntos estratégicos com tropas japonesas no Pacífico e planejam se aproximar da península da Coreia no final desta semana.
Exercícios dos EUA e Coreia do Sul
De acordo com a agência Efe, forças da Coreia do Sul e dos Estados Unidos realizaram nesta quarta, um dia após o exercício da Coreia do Norte, uma de suas maiores manobras conjuntas com fogo real já efetuadas até então. As imagens foram divulgadas pela agência Associated Press.
Os exercícios foram feitos no condado de Pocheon, com manobras previamente programadas que fazem parte das simulações conjuntas que Seul e Washington fazem em cada ano no território sul-coreano.
Participaram dos exercícios 30 helicópteros, 90 tanques e veículos blindados, 30 caças e cerca de 2 mil militares, para simular uma resposta relâmpago a um possível ataque norte-coreano sobre postos de guarda da Coreia do Sul.
Também foram implantadas várias unidades de lança-foguetes múltiplos M270 dos EUA, um temido lançador motorizado e blindado que disparou diversos mísseis durante estes jogos de guerra.
Sistema antimíssil
Nesta quarta, militares dos Estados Unidos começaram a transferir partes do sistema antimíssil THAAD para o sul da Coreia do Sul, desencadeando protestos de moradores de vilarejos e críticas da China.
O Ministério da Defesa da Coreia do Sul informou que elementos do Thaad foram levados ao local de instalação, que antes abrigava um campo de golfe e se localiza cerca de 250 quilômetros ao sul da capital Seul.
Mas a China diz que o radar avançado do sistema pode penetrar fundo em seu território e minar sua segurança, ao mesmo tempo em que fará pouco para conter o Norte, e se opõe a ele de maneira inflexível.
Porta-aviões chinês
Pequim lançou oficialmente nesta terça seu segundo porta-aviões, o primeiro construído totalmente nos estaleiros chineses, informou a agência oficial de notícias Nova China. A agência de notícias não revelou quando o navio, produzido nos estaleiros de Dalian, no nordeste do país, entrará em serviço, ou que nome terá.
Serão necessários cerca de dois anos até que o novo porta-aviões esteja completamente equipado para realizar seus primeiros testes no mar, opinou a especialista em China do Instituto de Pesquisa Estratégica da Escola Militar francesa, Juliette Genevaz.
A China já dispunha de um porta-aviões, o "Liaoning", cujo casco foi fabricado na antiga União Soviética.
'Todas as opções sobre a mesa'
A Coreia do Norte disse na segunda (24) que reforçará suas "medidas nucleares de auto-defesa", após a ordem de Washington de enviar para a península coreana o porta-aviões Carl Vinson.
As forças armadas da Coreia do Norte "responderão com golpes mortais" e resistirão "qualquer tentativa de guerra total com um ataque nuclear sem piedade", disse o regime.
O presidente americano Donald Trump e vários altos funcionários de sua administração advertiram a Coreia do Norte que "todas as opções estão sobre a mesa" no caso dos programas nuclear e balístico de Pyongyang, incluindo a opção militar.
Já o presidente da China, Xi Jinping, pediu que todos os lados demonstrem cautela. A China é a única aliada da Coreia do Norte, mas tem expressado revolta com seus programas nuclear e de mísseis e frustração com a beligerância do regime.
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